segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Soy loco por ti America.... del Sul

Positivamente não tenho nenhum ancestral da América do Norte!
A palavra positivamente neste caso quer dizer: algo bom, positivo, no sentido de "Graças a Deus"!
Percebo que não compreendo as atitudes e comportamentos americanos.
O "modus operanti" deles é de uma dualidade incrível.
São excessivamente moralistas, mas vivem em escândalos sexuais. Quero dizer: eles acham, que são coisas escandalosas. Para nós latino-americanos parecem que descobriram a pólvora cada vez que um presidente, senador ou até artista é pego numa "transgressão sexual"? Se é que existe transgressão no sexo...
São de uma agressividade notória e não só com os considerados inimigos, mas com eles próprios. Têm a "cara-de-pau" de se vestirem de Papai Noel para matar a família ! Jovens que alardeiam pela Internet que vão matar a escola toda e matam (!!) é rotina nas manchetes americanas.
Não que a raça abaixo do Equador não seja violenta também. Mas pelo menos somos os "atrasados "da civilização. Fomos explorados por ladrões e degredados no início e o vício não se perdeu ao longo dos séculos. O bom é que aqui, pelo menos não damos uma de bonzinhos teóricos. Os políticos roubam até merenda de criancinhas pobres e continuam se elegendo, sabe-se lá por quem...
Eu, por exemplo, que descendo de europeus do Mediterrâneo e de árabes cristãos do Oriente, me considero uma guerreira chic. Tipo: muito bem vestida, bons perfumes, educada em caríssimas escolas católicas, duas faculdades, etc, mas com uma pequena queda pelo " dente por dente, olho por olho" Não nego ! E apesar de toda essa maravilhosa herança genética não me considero capaz de escolher entre os seres vivos do Planeta aqueles que são bons ou maus. A menos que me ataquem diretamente... Insisto : sou guerreira árabe misto européia chic.... Sorry periferia
Toda essa agressividade contra os irmãos americanos vem do aborrecimento que me causou o filme Sete vidas em cartaz em todos os cinemas da cidade.
Foi bom ter assistido porque ele me causou o mesmo desconforto que me causa a prática da Yoga. E aí compreendi o porque desse desconforto. É isso mesmo : fico super irritada com a lentidão de movimentos. Câmera lenta me agonia. Acho que fui criança super-ativa, mas naquele tempo não havia esta informação e não me deram os remédios necessários para acalmar meu espírito inquieto.
O filme é lento, parado e até os 10 últimos minutos incompreensível !
É apresentado como drama e estrelado pelo ótimo Will Smith.
Quero dizer que ele está ficando ótimo em filmes pseudo-ternura em que os americanos embarcaram para mostrar ao mundo como são bonzinhos e preocupados com a vida do próximo ( vide Guerra do Vietnã, Iraque....)
Foi assim também nos filmes : A procura da felicidade, Eu robô, e o pesadíssimo Eu sou a lenda.
Em Sete vidas a fórmula se repete. Um homem consumido pelo remorso por um crime que qualquer júri consideraria crime culposo (sem a intenção de matar) resolve dar literalmente a vida para cada uma das pessoas que prejudicou.
Um verdadeiro super-herói para a raça humana, mas desconfio que um grande fracasso para o Criador.
Não tenho procuração de Deus para falar no nome Dele ( bem que gostaria!) mas não me parece certo se matar para que outros vivam...
É como cortar cabeças para dividir direitinho os chapéus.
E, por falar em Deus, (que Ele me perdoe por usar seu Santo Nome....) o protagonista, antes de presentear o escolhido com seus órgãos, ainda tem a suprema soberba de fazer uma cuidadosa investigação para ver se o candidato é mesmo uma boa pessoa, decente e verdadeira !
Caso contrário, nada de salvar a vida de quem não presta!
Nem Deus em sua maior expressão que é a Natureza se arroga tal direito!
Afinal bons e maus podem usufruir do Ar, do Sol, e de todas as maravilhas desse Doce Planeta Terra!
E a maneira como o protagonista escolhe para se punir no último ato é mesmo de um cérebro americano muito doente! Vejam o que ele faz.
Se a moda pega...
Não vou falar mais. Não gostei, mas já percebi que apesar de todos os meus esforços, não sou uma unanimidade.
Sei de gente que chorou o filme todo.
Coisa de TPM feminina ou caso para psicanalista, regressão espiritual ou catarse coletiva.
E para provar que há como fazer a mesma história de Sete vidas ser um grande e maravilhoso sucesso, assistam 21 gramas (agora só em DVD)
"também três pessoas de diferentes personalidades, Paul, Jack e Cristina, encontram-se no caminho do destino, devido a um acidente ocasional. A partir deste incidente, serão testados os seus limites, quer do amor e da vingança, assim como a promessa da tão desejada redenção. Vinte e um gramas é o peso que uma pessoa perde no momento da morte (refere-se ao suposto peso da alma). É o mesmo peso carregado pelos que sobrevivem e ficam para contar a história."
( Disponível em : pt.wikipedia.org/wiki)
O astro é o Sean Penn, mas aqui o diretor não é americano não. Alejandro Gonzalález Iñárritu (Cidade do México, 15 de Agosto de 1963) é um cineasta mexicano. Apesar do México estar localizado no Continente Norte-Americano, falar espanhol e ter os astecas como ancestrais faz a maior diferença na hora de contar uma história...
E já que apesar de toda a minha inteligência européia agregada ao instinto árabe, posso estar redondamente errada na crítica ao filme Sete vidas, me dê sua opinião.
Se você assistiu e gostou, por favor, me escreva e principalmente me convença. Adoro uma polêmica!

2 comentários:

  1. "La" doce "La" Nos EUA, matam para que outros vivam; em Cuba, matam para que outros vivam com medo de morrer. No Oriente Médio, se vc pedir a dois árabes que contem a história de seu país, eles se matam antes do fim da história. Exceção feita aos 'amigos' ursos, que matam mesmo sem fome, amor à vida, querida, só entre os animais. Parabéns pelo seu texto. É assim que os críticos de arte deveriam escrever sobre música, cinema, tetatro, pintura, escultura. Você se atira de alma e tudo. Quando eu tiver um jornal ou revista (espero que nunca), você será a primeira contratada. Estou falando seriamente. Beijo, Moacyr Castro

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  2. Puxa Meyre, voce não gostou mesmo . Eu tambem não. Pra variar é mais um sentimentalóide filme americano. Mas até acho que eles já foram melhores nisso. Muito boa a sua crítica.

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