sexta-feira, 18 de outubro de 2013

A larga estupidez de Paula Lavigne no Saia Justa


Não deixem de ver os comentários sobre o texto.São muitos . Se quiser verificar clique , depois de ler o texto abaixo , emhttp://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/a-larga-estupidez-de-paula-lavigne-no-saia-justa/

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17/10/2013
 às 6:31

A larga estupidez de Paula Lavigne no “Saia Justa”

O programa “Saia Justa”, do GNT, convidou a empresária Paula Lavigne, presidente (!) do grupo “Procure Saber” e ex-mulher de Caetano Veloso, para falar sobre a polêmica das biografias. Quem assistir ao programa verá que esta senhora não sabe o que fala. A sua ignorância só não supera a sua arrogância e a sua truculência. Entre outras bobagens, tratou como valores equivalentes um artigo do Código Civil, o 20, que permite que biografados ou seus familiares interditem um livro, e os artigos 5º e 220 da Constituição, que asseguram a liberdade de expressão e vetam qualquer forma de censura. Ora, só existe uma Ação Direta de Inconstitucionalidade no STF porque se aponta justamente a inconstitucionalidade desse Arrigo 20. Se assim decidirem os ministros do Supremo, fim de papo. Para ser didático, dona Paula: a Constituição pode declarar sem efeito um dispositivo do Código Civil, mas um dispositivo do Código Civil não pode declarar sem efeito uma garantia constitucional. Entendeu ou quer um desenho?
O debate prosseguia. Paula tentava desesperadamente arrumar um argumento. Dizia que ela e seu grupo estavam injustamente sendo acusados de censores, sem conseguir explicar, no entanto, por que aquilo que defendem não é, afinal de contas, censura. Pouco se lhe dá que a tal lei impeça, como tem impedido, de se contar parte da história do Brasil e que inexista restrição parecida em qualquer democracia do mundo. E daí? O Brasil atrasado pode lhes parecer um bom lugar quando se trata de defender o que consideram seus próprios interesses.
A jornalista Barbara Gancia é uma das integrantes do “Saia Justa”. Fez o que as pessoas razoáveis fazem nas democracias. Combateu a censura, citou os dispositivos constitucionais e lembrou que existem leis para punir abusos. Sem saída, Paula Lavigne apelou.
— Barbara, você é gay assumida, né?
— Sou.
— Qual é o nome da sua namorada?
— Marcela.
— Ela não vai se sentir bem vendo eu perguntar isso, é disso que estou falando, você não está entendendo na teoria e agora viu na prática como é ruim ter a privacidade invadida!
Retomo
Paula Lavigne é vulgar e preconceituosa. E o é, como diz uma das minhas filhas, num “nível novo”, que pode escapar a uma análise mais ligeira. Vamos lá. Agora parte da minha biografia: Barbara é minha amiga há 21 anos. Nunca escondeu o que não tinha de ser escondido. Nesses anos, jamais vi alguém, por mais que a detestasse ou que estivesse furioso com suas opiniões, recorrer à sua sexualidade para tentar vencer o debate, como se fosse um argumento eficiente. Querem a evidência incontornável de que se tratou de preconceito? É simples: se Barbara fosse heterossexual, o diálogo seria impossível, não é? Imaginem:
— Barbara, você é heterossexual assumida, né?
— Sou.
— Qual é o nome do seu namorado?
— Paulo.
— ElE não vai se sentir bem vendo eu perguntar isso, é disso que estou falando, você não está entendendo na teoria e agora viu na prática como é ruim ter a privacidade invadida!
É asqueroso! No mundo de dona Paula Lavigne, os gays devem ser menos livres para ter opiniões do que os heterossexuais, ou ela logo quer saber qual é o nome do “namorado” ou da “namorada”… O mais patético é que Barbara respondeu o que lhe foi perguntado sem constrangimento, mas Paula insistiu em ver ali a suposta violação incômoda de uma intimidade — violação que não havia porque não se cuidava de nenhuma informação secreta. Mas ainda não cheguei ao fundo do pântano ético desta senhora.
Digamos, só para efeitos de pensamento, que a homossexualidade de Barbara fosse um segredo guardado a sete chaves, bem como o nome da sua namorada. Ora, quem é que estava a falar no programa como a guardiã do “direito à intimidade”? Entendo. Paula só estava tentando ser didática e sagaz.
Não é a primeira vez
Trinta anos depois, essa gente aprendeu muito pouco. Em 1983, furioso com umacrítica que Paulo Francis lhe fez, Caetano, ex-marido de Paula Lavigne e um dos entusiastas da censura, chamou o jornalista de “bicha amarga” e “boneca travada”. Nos recentes embates que tive com ele, lembrei a baixaria. Caetanotentou se explicar, e a emenda saiu bem pior do que o soneto. Segundo disse, a parte negativa da caracterização era “travada”, não “bicha”. Ah, bom! Paula Lavigne acha que Barbara Gancia não poderia jamais ter aquela opinião sendo gay. E Caetano acha que uma bicha só é digna se for “destravada”. Poderia ser dito de outro modo: “Já que é bicha, que seja destravada”. Não sei se ele tem exigências também voltadas aos heterossexuais.
O mesmo Caetano, descontente com um texto de Mônica Bergamo, colunista da Folha, sobre autorização para Maria Bethania captar patrocínio pela Lei Rouanet, resolveu especular sobre a vida privada da jornalista, acusando-a de “parceira extracurricular” de um colega. Escrevi sobre o despropósito. A Lei Rouanet é um instrumento público de fomento à cultura. Saber quem tem e quem não tem acesso à vantagem é de interesse do conjunto dos brasileiros. Mas o cantor tomou a coisa como pessoal. E ainda escreveu: “Pensam o quê? Que eu vou ser discreto e sóbrio? Não. Comigo não, violão”. Em suma: Caetano acha que não precisa “ser discreto e sóbrio” com a vida de pessoas privadas, mas quer uma lei que censure a biografia de pessoas públicas.
Num embate recente com Mônica no Twitter, Paula Lavigne mandou ver esta delicadeza:
Paula Lavigne Mônica Bergamo
Ela se desculpou, e parece que a jornalista aceitou as desculpas. Não estou aqui a tomar as dores de ninguém. Mônica sabe se defender — assim como Barbara. Estou é evidenciando um estilo.
Sei o quanto me custa de aporrinhação e de xingamentos os mais estúpidos as críticas que faço à chamada “lei que pune a homofobia”. Trata-se, em muitos aspectos, de mais uma agressão à liberdade de expressão sob o pretexto de defender uma minoria. Precisamos é que as leis que existem para punir todas as formas de agressão sejam devidamente aplicadas. E com celeridade — inclusive as que coíbem os crimes contra a honra.
O que me espanta ao relatar esses casos é ver a ligeireza com que esses “descolados” — que jamais serão chamados de “homofóbicos” — podem recorrer à sexualidade desse ou daquele ou a supostos aspectos da vida privada de desafetos para tentar vencer um debate sobre temas que são de interesse público. Se há coisa que não me interessa — e desconfio que interesse a bem pouca gente — é a vida venturosa de Caetano Veloso, de Djavan ou de Chico Buarque. Espantoso é que esses senhores, sob o pretexto de preservar a sua intimidade, defendam uma lei já tornada obsoleta pela Constituição, que permite, e isto é inegável, até a censura prévia.
Paula Lavigne, no seu estilo sem limites, em conversa com O Globo, afirmou que Barbara teria pedido ao GNT que cortasse trechos do programa. Estranhei. Telefonei para Barbara.
— Você pediu isso?
— Reinaldo, eu vou fazer uma cópia da mensagem que enviei para a Mariana Koehler, que é a diretora do Saia Justa. Minutos depois, chegava ao meu celular O SMS que Mariana recebeu na manhã de quarta-feira. Assim:
“Bom dia, flor:
Não se preocupe comigo na hora de editar, tá tudo tranquilo, faça o que for melhor pro programa. Confio 100% no seu bom senso. Manda bala e vamos em frente!”
É MAIS SEGURO PARA A HUMANIDADE QUE PAULA LAVIGNE TENTE CENSURAR BIOGRAFIAS. IMAGINEM SE ELA FOSSE UMA BIÓGRAFA…
Encerro lembrando que esses patriotas costumam reclamar ainda da imprensa brasileira. Com raras exceções, o jornalismo que se pratica no Brasil preserva, sim, a intimidade de personalidades públicas — inclusive dos artistas. É claro que, de vez em quando, aparecem um Lula ou outro para protestar. O agora ex-presidente ficou furioso quando a imprensa noticiou que a Gamecorp, empresa de Lulinha, um de seus filhos, recebeu um aporte de R$ 5 milhões da então Telemar. Segundo o petista, tratava-se de “assunto privado”. Errado! A Telemar era detentora de uma concessão pública e tinha como sócio o BNDES. Se ela dá dinheiro para a empresa do filho do presidente da República, a notícia é do interesse de todos os brasileiros.
Lula, Chico Buarque e Caetano Veloso acham que biografia boa é biografia autorizada. Estão a um passo de achar que jornalismo bom é jornalismo autorizado.
Se não é assim, Paula Lavigne logo pergunta:
— Você é gay, né?
Texto publicado originalmente às 5h26
Por Reinaldo Azevedo

quarta-feira, 19 de junho de 2013

sobre os governantes brasileiros


O Rei Está Nu
Este é um conto que trata da vaidade humana. Quanto maior a vaidade, mais tolos nos tornamos. E costumamos alimentar a vaidade uns dos outros. 
Era uma vez um rei muito vaidoso e que gostava de andar muito bem arranjado. Um dia, um alfaiate espertalhão deu-lhe o seguinte conselho:
- Majestade, é do meu conhecimento que apreciais andar sempre muito bem vestido, como ninguém; e bem o mereceis! Descobri um tecido muito belo e de tal qualidade que os tolos não são capazes de o ver. Com um manto assim Vossa Majestade poderá distinguir as pessoas inteligentes das pessoas tolas, parvas e estúpidas que não servirão para a vossa corte.
- Oh! Mas é uma descoberta espantosa! - respondeu o rei. - Traga-me já esse tecido e faça-me a roupa; quero ver as qualidades das pessoas que tenho ao meu serviço.
O alfaiate aldrabão tirou as medidas do rei e, daí a umas semanas, apresentou-se, dizendo:
- Aqui está o manto de Vossa Majestade.
O rei não via nada, mas como não queria passar por parvo, respondeu:
- Oh! Como é belo!
Então o alfaiate fez de conta que estava vestindo o manto no rei, com todos os gestos necessários e exclamações elogiosas:
- Vossa Majestade está tão elegante! Todos vos invejarão!
A notícia correu toda a cidade: o rei tinha um manto que só os inteligentes eram capazes de ver. Um dia, o rei decidiu sair para se mostrar ao povo, desfilando pela cidade, com sua comitiva real acompanhando.
Toda a gente fingia admirar a vestimenta, porque ninguém queria passar por estúpido, até que, a certa altura, uma criança, em toda a sua inocência, gritou:
- Olha, olha! O rei está nu!
Ninguém conseguiu segurar o riso. Todos gargalharam e só então o rei compreendeu que fora enganado. Envergonhado e arrependido da sua vaidade, correu a esconder-se no palácio.

(Baseado no conto de Hans Christian Andersen)

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Angelina Jolie: a heroína cretina



De Jovem, Angelina Jolie se cortava com navalhas e chafurdava em drogas. Adulta, paga picaretas para anestesiá-la e cortá-la com bisturis. Estrela, em uma década se transmutou de anabólica Mulher Maravilha em Mater Dolorosa. Se arrasta esquálida por tapetes vermelhos e aeroportos, carregando a pobre humanidade, versão multicor de chupeta, embaixatriz da ONU, metade do casal mais famoso do mundo.

Decidiu realizar uma dupla mastectomia preventiva. Explicou os porquês em um artigo para o New York Times. Não existem porquês. Tirar as duas mamas saudáveis é loucura varrida. O texto rescende a sensatez. É macabro. Ela diz que revelou o segredo para inspirar outras mulheres. É irresponsável. O New York Times se rebaixa a pasquim, publicando o texto. Que, como tudo em Hollywood, parece produto de especialistas em relações públicas. E é. Mesmo que o press release seja mesmo de autoria de Jolie.

Angelina conta que carrega mutações no gen BRCA1, que a predispõe ao câncer de mama e ovário. Explica que médicos deram 87% de chance de ter câncer de mama, e 50% de câncer no ovário, em algum momento de sua vida. Um câncer de ovário matou sua mãe, que tinha a mesma tendência genética, aos 56 anos. Para diminuir radicalmente seu risco de ter câncer, 

Angelina tirou os dois peitos completamente e botou implantes no local.
Entre ricos e famosos cirurgia é o arroz com feijão de cada dia. A própria Angelina já fez várias, mudou de rosto etc. Nasceu com muito a seu favor, mas ninguém nasce perfeito. Tinha narizinho achatado, cara redondinha, uma perfeita polinésia. A busca da perfeição leva à loucura. Que é a única explicação razoável para a decisão da atriz. Seu médico topou fazer? 

Tem médico que topa qualquer coisa. Médicos de Hollywood transformaram Michael Jackson naquele monstro...

Angelina tem 37 anos e saúde perfeita. Tem 100% de chance de morrer de alguma coisa algum dia. Todos nós carregamos este e aquele gen que nos predispõem a isso e aquilo. Hoje muitos de nós têm acesso a exames que podem detectar essas doenças em seu início, e podemos tratá-las a tempo. Seria desejável que toda a humanidade tivesse acesso a medicina preventiva gratuita. Jolie, milionária, pode pagar os melhores exames e médicos do mundo. Qual a medida racional, em casos como o seu? A maioria dos especialistas recomenda mamografia e ressonância magnética anuais, simples assim. Se o câncer der sinal, dá pra matar no ninho. Jolie decidiu pelo que havia de mais agressivo e invasivo e explosivo.

Câncer de mama é o câncer mais comum entre mulheres. Como evitar? Não há garantias, mas os maiores especialistas em câncer repetem sempre as mesmas recomendações: dieta balanceada, alguma atividade física, pouco álcool, peso adequado à altura e idade, autoexame, mamografia anual. Segundo o Instituto Nacional do Câncer, dos EUA, 98% dos cânceres de mama não têm nenhuma relação com mutação do gen BRCA-1. O exame para detectar o problema custa, lá, três mil dólares. Entre cinco e dez por cento dos casos são hereditários, conforme o grupo étnico (é mais comum entre mulheres nórdicas do que asiáticas, por exemplo). O resto é consequência da vida que a mulher leva. Uma mulher qualquer - você - tem em média 12% de chance de ter câncer de mama em algum momento da sua vida.

Repetem que Jolie tomou sua decisão baseada nos melhores dados científicos. Em seu artigo ela diz: "reconheço que existem muitos médicos holísticos maravilhosos trabalhando em alternativas à cirurgia." Faz parecer que a terapia normal é a mastectomia dupla preventiva, quando é uma aberração, e que as alternativas é que são o resto. E não existe medicina holística. É bruxaria, charlatanismo, e se Jolie reconhece sua eficácia, não tem a menor noção do que é ciência.

Garantem que temos que respeitar e aplaudir sua coragem, leio. Não e não. O que ela fez e escreveu pode e deve ser discutido e contestado. É figura pública, a mulher mais pública do mundo, e usou sua celebridade para influenciar a opinião das mulheres mundo afora. Quantas mulheres com a mesma mutação de Jolie não se sentirão tentadas, ou pressionadas, a seguir o seu exemplo?

Angelina Jolie não tem que ser beatificada. Como toda santa, não existe. É uma construção de relações públicas, é uma atriz. Interpretava o papel da supermulher, Lara Croft, gata valente. Hoje posa como exemplo de mulher perfeita - excelente profissional, mãe dedicada, elegância personificada, desprendimento absoluto, casamento perfeito com o homem perfeito, Brad Pitt. Ah, e agora corajosa combatente do câncer.

O tratamento não era necessário, porque Angelina não estava doente. Sua decisão foi baseada em coisa nenhuma. Sua divulgação da maluquice é péssima influência sobre as mulheres do mundo, com câncer de mama ou não. A recepção da imprensa foi escandalosamente leniente e irresponsável. 
Angelina é cretina.
 Mais idiotas são os que a tomam por heroína.

De André Forastiere via R7 - 16 de maio
http://www.cebes.org.br/default.asp


domingo, 12 de maio de 2013

Céu e Terra




Céu ou Terra...

Estava pensando em como somos moldados a achar que temos sempre que escolher entre uma coisa e outra... entre o ser e o ter... entre o bem e o mal... entre o céu e a terra... e entre tantos outros pares de opostos que nos levam a ficar em uma interminável gangorra... hora vamos mais para um lado, hora para o outro... e se vamos para o lado de algo que acreditamos ser ruim, logo somos inundados por sentimentos de culpa... que acabam trazendo grande sofrimento.

Quem nunca... depois de alcançar um objetivo que queria muito, que trabalhou para que aquilo acontecesse, sentiu um medo de que algo pudesse dar errado, um frio na barriga, já imaginando que algo iria acontecer e atrapalhar aquele momento... Quem nunca se sentiu de alguma forma culpado por estar vivendo coisas boas... Sei que isso pode parecer estranho, quando olhamos assim de frente, mas é muito mais comum do que imaginamos...

Quem nunca se sentiu culpado por usufruir das coisas da Terra?

O conceito do que é bom e do que é ruim varia para cada um de nós de acordo com nossas crenças... se moramos em determinado país, se somos de determinada religião e mais não sei quantas outras variantes que formam uma infindável lista de coisas consideradas boas e aceitáveis... e outras consideradas ruins e inaceitáveis. Isso sem levar em conta outras vidas, onde tínhamos outras crenças e outros conceitos... Só que, essas crenças de outras vidas, não acabam com ela... e assim acumulamos crenças que brigam entre si o tempo todo... e atraímos para nossa realidade situações que espelham essas brigas interiores. Temos a mania do oito ou oitenta e nunca percebemos que entre eles existem uma infinidade de pontos... Não somos muito maleáveis nisso... ou é bom ou é ruim...e o ruim muitas vezes é baseado em memórias inconscientes de pecado... de culpa que são muito fortes.

Uma das coisas que mais causam culpa é a religião... e não só aquela que nos fala que já nascemos culpados, mas todas as religiões que nos fazem crer que as coisas ditas humanas são pecado, ou não são tão boas quanto as coisas ditas divinas.

A culpa é muito ruim em qualquer situação, mas em situações onde os motivos de nos sentirmos culpados veem crenças nada verdadeiras, ligadas a dogmas religiosos inexplicáveis... por coisas que não fizemos... isso aí já é duro de aguentar...

Quase sempre nos fazem crer que precisamos alcançar um estado elevado que não tem a ver com as coisas da Terra e isso acaba gerando em nós a certeza que o estado em que nos encontramos hoje não é o ideal... Sei que é da nossa natureza buscar evoluir e alcançar a Iluminação... estados mais elevados de consciência... mas... ontem, estava pensando em como a forma que as coisas nesses caminhos, muitas vezes, nos são passadas, acabam criando uma oposição equivocada entre Céu e Terra, como se o Céu fosse o ideal a ser alcançado e a Terra o obstáculo a ser superado... o que deixa uma culpa relacionada às coisas da Terra e do nosso corpo...

Quantas pessoas vivem o que é da sua natureza humana, mas que, por ser considerado pecado na religião da qual fazem parte, vivem culpadas sem poder usufruir da vida, simples e naturalmente.

E culpa gera autopunição que vem com inúmeras maneiras de autossabotagem e sofrimento..

Nunca vi ninguém se sentir culpado por rezar e se dedicar as coisas do Céu, mas já vi muita gente se sentir culpada por se dedicar ao corpo e às coisas da Terra...

Para algumas religiões, ainda tempos que abrir mão das coisas terrenas... e nem precisamos buscar muito para encontrar religiões que pregam que, para alcançar o reino dos Céus, precisamos abrir mão das coisas da Terra...

Se pensamos que estamos isentos disso porque não pertencemos a essa ou aquela religião e, mesmo que não tenhamos religião nenhuma e nem acreditemos nisso conscientemente, nossas crenças inconscientes continuam atuando, levando-nos a sentir culpa onde ela não existe... aliás, culpa não deveria mesmo existir... que coisa mais absurda essa tal de culpa...

Enquanto não nos aceitarmos por inteiro, vamos continuar brigando com nossa natureza o tempo todo... E quem ganha com essa briga, da gente com a gente mesmo, são aqueles que interessam em tirar nosso poder pessoal, para sermos mais facilmente controlados...

Sem sacrifícios baseados em crenças equivocadas é que vamos usufruir de uma vida humana preciosa aqui na Terra... É nesse corpo e nesse lindo planeta que vamos alcançar a plenitude do 

Ser, porque o que buscamos não está em nenhum Céu imaginário... o que buscamos pulsa o tempo todo dentro de cada um de nós...

É vivendo o simples que se chega ao Amor que está sempre presente... sempre no Aqui e Agora...
É através da aceitação do nosso corpo e da nossa Terra que vamos chegar ao tão sonhado Céu que, na verdade, já está disponível a cada um que se arrisca a ir além da dualidade onde você não tem que escolher entre isso ou aquilo... Você É...
Entre o Céu e a Terra... escolha a União