Perdeu-se o ineditismo. Nada acontece, por mais trágico que seja, que mereça o adjetivo ‘inédito’. Absortos em suas veleidades do querer, poder, e renome, nossos governantes cuidam do povo como massa informe, e, às vezes, repugnante. Omissos, e, mesmo podendo, nada de real fazem, ignorando o proceder daquela parcela do povo, aos quais a vida madrasta não lhes propiciou meios e condições dígnas de moradia.A lição nunca é aprendida. À exaustão, o filme das enchentes é, a cada ano, reprisado. Mas, afinal, por que se preocupar na mudança de cenas? Tem aqueles que governam, meios mais salutares para gastar milhões, ou, quiçá, bilhões em eventos que, embora de curtíssima duração, resultam em continuada fama. Que venham então, Jogos Panamericanos; Copa do Mundo e Olimpíadas. Quanto aos mortos pelas chuvas ou prenunciadas e evitáveis tragédias, com lágrimas de crocodilo, falaremos em melhorias, o povo se emociona, depois, o tempo passa, esquece.
Nesse momento, sob o choro aos mortos da região Serrana do Rio, oportuno concluir com o tema da Campanha da Fraternidade 2.011 da CNBB: Fraternidade e a vida no planeta. (...)
Joaquim Gonçalves dos Santos, 64 Aposentado Campinas
Jornal Todo Dia - 25-01-2011
terça-feira, 25 de janeiro de 2011
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