Incompetência é a marca desta década!
Minha amigona, a Leda, que é historiadora e entende os caminhos da História e conseqüentemente do tipo de natureza humana que se ajusta a cada época vive me aconselhando a não mudar de Banco, por exemplo, ou não mudar de Plano de Saúde, ou não trocar de Cartão de Crédito ou de provedor da Internet ou celular...
Enfim ela diz que atualmente não se mexe em nada, não se muda nada e se fica quietinho com aquilo que já se conseguiu .
Motivo alegado por ela: há somente incompetentes como funcionários, atendentes e TODOS os responsáveis pelos serviços a que pensamos que dispomos com o progresso.
Mudar significa fazê-los trabalhar e eles não sabem nada da profissão que escolheram....
Como professora, ela vive dizendo que morreremos nas mãos de médicos que não conhecem nadinha da profissão; de enfermeiras que dão qualquer pílula para doentes, sem verificar se é realmente aquela receitada pelo médico que também não sabe nada sobre o remédio....Morreremos nos prédios e pontes que cairão porque os engenheiros não sabem matemática e mestres- de- obras que não entendem as ordens destes engenheiros que repito: não sabem cálculos. Morreremos nas mãos de farmacêuticos que não entendendo a letra do médico e empurram qualquer remédio para o coitado que acredita nele. Enfim, o que se destaca nestes dias é a total incompetência dos profissionais. Alguns tiram zero nas provas dos concursos (!!!) e vão de mala e cuia dar aulas para crianças cujos pais se orgulham de terem filhos estudando....
Minha filha vai para o Peru com amigos.
Compraram as passagens e ninguém na agência se deu ao trabalho de falar sobre vacinas necessárias para se viajar pelos lados da Amazônia.
Deveríamos saber?
Não sei, mas acho que a agência de viagem deveria fornecer um folder ou manual onde constassem todos esses dados.
Sou Bibliotecária e para mim a informação é a única forma de progresso...
Por puro diletantismo foram a uma livraria e compraram um Guia de Viagem.
Neste sim havia a obrigatoriedade de se vacinar contra a febre amarela para ir ao Perú.
Conversando com outras pessoas que já fizeram a viagem descobriram que o passageiro até entra no Peru sem a comprovação da vacina, mas depois não consegue entrar no Brasil, pois pode trazer a moléstia....Fica de quarentena ( Onde ainda não sei. No aeroporto? Num hospital ? )
Telefonei para a Secretaria da Saúde em São Paulo e recebi a informação que se toma a vacina, dez dias antes da viagem, em qualquer Aeroporto. Fomos um em São Paulo (estávamos lá)
Não tinha. Fomos para Viracopos e lá nos informaram que há mais de um ano não se vacina nos Aeroportos porque não há epidemia da Febre Amarela no País.
Será?....Vivo lendo sobre mortes pela doença. Até morte porque tomou a vacina eu já li recentemente....E se ela é característica de regiões das matas, como foi erradicada ? ...
Acabaram com as florestas ?... A floresta Amazônica? No Perú? Na Bolívia? Não sei não....
Repito : sou bibliotecária e das boas!
Levei a turma para o Centro de Saúde do Centro de Campinas que é a região onde moro.
Lá me informaram que esta vacina só é dada em alguns Centros de Saúde da Cidade de Campinas.E me mandaram consultar a Internet. Claro !
Esqueci-me deste importante veículo de informação. Falha minha!
A primeira informação na Internet dizia :
Aeroporto Internacional ViracoposRod.Santos Dumont, Km 66CampinasFone: 19 7255-5407de Segunda à Sexta das 09:00 às 13:00
Informação descartada pois já havíamos constatado que há um ano não se vacina em Aeroportos....
Mas havia outro site:
CS Faria Lima Av. Pref. Faria Lima, 90 Pq. Itália (19) 3272-7944 2ª , 3ª ª feira 09h00 as 13h00, 4º, 5ª e 6ª feira 14h00 as 18h00
É uma quarta-feira dia 25-02. Para não perder a viagem e tempo, ligo neste Centro .
A atendente me confirma sobre a vacina e o horário: até as 18h.
Quando pergunto um ponto de referência perto do posto de saúde,para melhor me localizar, ela fica bravíssima :
- Minha senhora esta é a Avenida do Mário Gatti! O posto é ao lado .
Não me venha dizer que a senhora não conhece o Mário Gatti!!!!
Nem me dou ao trabalho de dizer que apenas não sabia que o Mário Gatti ficava na
Faria Lima ou vice-versa. Lembrei- me da minha amiga Leda e pensei sobre atendentes histéricas que podem colocar vidas humanas em risco, principalmente as informantes que trabalham em postos de saúde...
Imaginem que sou pessoa com acesso à informação, dois cursos superiores, tenho carro, moro na cidade, e bla, bla, bla sobre minhas condições privilegiadas.
Imaginem agora minha pobre gente humilde falando com esta anta preciosa cujo salário essa gente humilde também paga!
Afinal é funcionária pública, não é ?
Os jovens que vou levar ao Posto de Saúde estão tensos com a minha indignação.
Pedem para eu não brigar porque a enfermeira pode dar a injeção com raiva e eles é que vão “pagar o pato”...Fala sério ! A que ponto chegamos!
Somos reféns de gente incompetente!
Faço discursos sobre direitos humanos, direitos dos consumidores, responsabilidade profissional, sacerdócio de certas profissões e etc....
Mas eles morrem de medo da funcionária pública!...
Aquilo vai me dando um ódio!
O endereço é Faria Lima 90. Não há entrada ou portões neste nº.
Entramos no estacionamento de funcionários do Mario Gatti .
O guarda da portaria é gentil. A entrada é na rua de trás!!!
Como na rua de trás? Ela é também Faria Lima? Não. É outro nome , mas ele não sabe. Não precisa. Conhece o local e isso já lhe basta!
Quem tem que saber e divulgar corretamente é a Secretaria da Saúde de Campinas e a anta que estava nervosa no telefone. Será TPM?
Aquilo vai me dando um ódio!
Rua de trás. Achamos o santuário da Vacina de Febre Amarela.
São 14h. Ótimo . Pelo menos não está fechado.
Lá dentro somos informados que a vacina só é dada às 5ª feiras à tarde.
Repito os horários do site. Eles riem. Deve estar errado, né ?...
Aviso que telefonei antes.
Sou encaminhada até a telefonista.
Já viram isso ? O paciente tem que discutir com a telefonista!!
A senhora , muito nervosa avisa que acabou de entrar no Posto e não sabe quem trabalhou antes dela! Diante da possibilidade da mulher ter um ataque de nervos, com medo de mim, e dos olhares aflitos da minha gangue, resolvo aceitar.
Voltamos na 5ª feira e da porta já vislumbramos uma telefonista berrando com alguém no telefone. Percebo que é a tal que me deu a informação errada. Apenas dou-lhe um olhar 43, porque minha platéia já havia me pedido calma ou a injeção poderia matá-los como vingança dos funcionários do Centro...
Enfermeira ótima. Atenciosa, limpa, competente, simpática .
Acalmou a juventude covarde e deu injeções que eles nem sentiram.
Arre! Demos sorte ? Ou eu estava errada sobre enfermeiras matarem seus pacientes ?
Era sorte.
Já na porta falo se o papel que ela nos dá é o comprovante para a viagem ao Perú.
Espanto! Vão para fora do país ?
Então devem ir agora ao Aeroporto para mudar este documento por um de validade internacional.
Quer dizer, se não sou uma privilegiada, se não sou informada, se não tenho dois cursos superiores que facilitam a minha comunicação, se não sou uma chata que pergunta tudo, e principalmente se não tenho sorte, tudo iria por água abaixo porque teríamos tomado a vacina, mas não teríamos o documento certo...
Custa informar ? Custa colocar um quadro com todas estas informações ?
Ah! Porque não me contratam para Relações Públicas da Prefeitura?
Dou “um banho” de competência nessa gente!
Como faz a gente humilde ? Fica como “barata-tonta” indo e vindo
nas mãos dessa gente sem respeito ao tempo dos outros ?
Voltamos ao Aeroporto. O mesmo atendente que nos disse que há um ano não há vacinas de Febre Amarela nos Aeroportos, todo orgulhoso de seu trabalho , agora, confirma que sim , temos que trocar o documento e isso só se faz lá....
Custava ter avisado logo na primeira vez que solicitamos informações ?
Como faz minha gente humilde que não pergunta nada ?
Vai na cartomante ver quais procedimentos para se vacinar em Campinas ?
Meu discurso é abortado pelos jovens que estão comigo!
-Por favor, não brigue!
Lá vem outra jovem atendente fazer o novo formulário.
Pois para cada um dos papéis que ela digitou havia erros.
Ou de nome, ou de nº de CIC, ou de RG.
E quando eu ( a chata que lê tudo!) apontava o erro e ela tinha que fazer outro, ela retrucava que não tinha assim tanta importância esse errinho ... Eles nem vão ler tudo!
(quem seriam ? As autoridades?Achei melhor não perguntar. Vou acabar sendo presa por desacato a funcionário público....)
Na saída o atendente orgulhoso pergunta o país para o qual viajaremos.
- Perú ?
Olha no Manual que tem na mesa ( enfim um Manual!) e responde candidamente:
-Para o Perú não precisa tomar a vacina de Febre Amarela....
Minha filha e amigos ainda não viajaram.
Os documentos estão nas mãos, Será que estão certos ?
Será que teremos Sorte ?
Se você tiver que tomar a vacina da Febre Amarela, reze muito .
E boa sorte!
sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009
Para segundas-feiras difíceis
O velho mestre pediu a um jovem triste que colocasse uma mão cheia de sal em um copo d’água e bebesse.
- Qual é o gosto? - perguntou o mestre.
- Ruim - disse o aprendiz.
O mestre sorriu e pediu ao jovem que pegasse outra mão cheia de sal e levasse a um lago.
Os dois caminharam em silêncio e o jovem jogou o sal no lago.
Então o velho disse:
- Beba um pouco dessa água.
Enquanto a água corria do queixo do jovem, o mestre perguntou:
- Qual é o gosto?- Bom! Disse o rapaz.
- Você sente o gosto do sal? Perguntou o mestre.
- Não. disse o jovem.
O mestre então, sentou ao lado do jovem, pegou em suas mãos e disse:
- A dor na vida de uma pessoa não muda.Mas o sabor da dor depende de onde a colocamos.
Quando você sentir dor, você deve aumentar o sentido de tudo o que está a sua volta.
É dar mais valor ao que você tem do que ao que você perdeu.
Em outras palavras:
É deixar de ser copo para tornar-se um Lago.
Somos o que fazemos, mas somos principalmente o que fazemos para mudar o que somos.
- Qual é o gosto? - perguntou o mestre.
- Ruim - disse o aprendiz.
O mestre sorriu e pediu ao jovem que pegasse outra mão cheia de sal e levasse a um lago.
Os dois caminharam em silêncio e o jovem jogou o sal no lago.
Então o velho disse:
- Beba um pouco dessa água.
Enquanto a água corria do queixo do jovem, o mestre perguntou:
- Qual é o gosto?- Bom! Disse o rapaz.
- Você sente o gosto do sal? Perguntou o mestre.
- Não. disse o jovem.
O mestre então, sentou ao lado do jovem, pegou em suas mãos e disse:
- A dor na vida de uma pessoa não muda.Mas o sabor da dor depende de onde a colocamos.
Quando você sentir dor, você deve aumentar o sentido de tudo o que está a sua volta.
É dar mais valor ao que você tem do que ao que você perdeu.
Em outras palavras:
É deixar de ser copo para tornar-se um Lago.
Somos o que fazemos, mas somos principalmente o que fazemos para mudar o que somos.
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009
Exercíco difícil ...
Este, foi minha amiga Júnia quem me mandou.
É verdadeiro e importante, mas difícil de praticar...
Vamos tentar ?
AS 3 PENEIRAS DE SÓCRATES.
(Leia com atenção, e deste ponto de sua vida para frente, use-as sempre;
você vai se sentir melhor).
Um homem foi ao encontro de Sócrates levando ao filósofo uma informação que julgava de seu interesse:
Quero contar-te uma coisa a respeito de um amigo teu! Espera — disse o sábio.
- Antes de contar-me, quero saber se fizeste passar essa informação pelas três peneiras.
Três peneiras? Que queres dizer?
Devemos sempre usar as três peneiras.
Se não as conheces, presta bem atenção.
A primeira é a peneira da VERDADE.
Tens certeza de que isso que queres dizer-me é verdade?
Bem, foi o que ouvi outros contarem. Não sei exatamente se é verdade.
A segunda peneira é a da BONDADE. Com certeza, deves ter passado a informação pela peneira da bondade. Ou não?
Envergonhado, o homem respondeu:
Devo confessar que não.
A terceira peneira é a da UTILIDADE. Pensaste bem se é útil o que vieste falar a respeito do meu amigo? Útil?
Na verdade, não.
Então, - disse-lhe o sábio -, se o que queres contar-me não é verdadeiro, nem bom, nem útil, então é melhor que o guardes apenas para ti.
É verdadeiro e importante, mas difícil de praticar...
Vamos tentar ?
AS 3 PENEIRAS DE SÓCRATES.
(Leia com atenção, e deste ponto de sua vida para frente, use-as sempre;
você vai se sentir melhor).
Um homem foi ao encontro de Sócrates levando ao filósofo uma informação que julgava de seu interesse:
Quero contar-te uma coisa a respeito de um amigo teu! Espera — disse o sábio.
- Antes de contar-me, quero saber se fizeste passar essa informação pelas três peneiras.
Três peneiras? Que queres dizer?
Devemos sempre usar as três peneiras.
Se não as conheces, presta bem atenção.
A primeira é a peneira da VERDADE.
Tens certeza de que isso que queres dizer-me é verdade?
Bem, foi o que ouvi outros contarem. Não sei exatamente se é verdade.
A segunda peneira é a da BONDADE. Com certeza, deves ter passado a informação pela peneira da bondade. Ou não?
Envergonhado, o homem respondeu:
Devo confessar que não.
A terceira peneira é a da UTILIDADE. Pensaste bem se é útil o que vieste falar a respeito do meu amigo? Útil?
Na verdade, não.
Então, - disse-lhe o sábio -, se o que queres contar-me não é verdadeiro, nem bom, nem útil, então é melhor que o guardes apenas para ti.
domingo, 22 de fevereiro de 2009
Quem sou Eu ?
"QUEM SOU EU ???
Nesta altura da vida já não sei mais quem sou... Vejam só que dilema!!!
Na ficha da loja sou CLIENTE, no restaurante FREGUÊS, quando alugo uma casa INQUILINO, na condução PASSAGEIRO, nos correios REMETENTE, no supermercado CONSUMIDOR. Para a Receita Federal CONTRIBUINTE, se vendo algo importado CONTRABANDISTA.
Se revendo algo MUAMBEIRO, se o carnê tá com o prazo vencido INADIMPLENTE, se não pago imposto SONEGADOR. Para votar ELEITOR, mas em comícios MASSA, em viagens TURISTA, na rua caminhando PEDESTRE, se sou atropelado ACIDENTADO, no hospital PACIENTE.
Nos jornais viro VÍTIMA, se compro um livro LEITOR, se ouço rádio OUVINTE. Para o Ibope ESPECTADOR, para apresentador de televisão TELESPECTADOR, no campo de futebol TORCEDOR. Se sou botafoguense, SOFREDOR. Agora, já virei GALERA. (se trabalho na ANATEL , sou COLABORADOR )
e, quando morrer... uns dirão... FINADO, outros .... DEFUNTO, para outros ... EXTINTO, para o povão ... PRESUNTO. Em certos círculos espiritualistas serei ... DESENCARNADO, evangélicos dirão que fui ...ARREBATADO. E o pior de tudo é que para todo governante sou apenas um IMBECIL !!! Como brasileiro, ... se me passo por PATRIOTA,
na verdade sou ....IDIOTA !!!
E pensar que um dia já fui mais EU. "
Luiz Fernando Veríssimo.
Nesta altura da vida já não sei mais quem sou... Vejam só que dilema!!!
Na ficha da loja sou CLIENTE, no restaurante FREGUÊS, quando alugo uma casa INQUILINO, na condução PASSAGEIRO, nos correios REMETENTE, no supermercado CONSUMIDOR. Para a Receita Federal CONTRIBUINTE, se vendo algo importado CONTRABANDISTA.
Se revendo algo MUAMBEIRO, se o carnê tá com o prazo vencido INADIMPLENTE, se não pago imposto SONEGADOR. Para votar ELEITOR, mas em comícios MASSA, em viagens TURISTA, na rua caminhando PEDESTRE, se sou atropelado ACIDENTADO, no hospital PACIENTE.
Nos jornais viro VÍTIMA, se compro um livro LEITOR, se ouço rádio OUVINTE. Para o Ibope ESPECTADOR, para apresentador de televisão TELESPECTADOR, no campo de futebol TORCEDOR. Se sou botafoguense, SOFREDOR. Agora, já virei GALERA. (se trabalho na ANATEL , sou COLABORADOR )
e, quando morrer... uns dirão... FINADO, outros .... DEFUNTO, para outros ... EXTINTO, para o povão ... PRESUNTO. Em certos círculos espiritualistas serei ... DESENCARNADO, evangélicos dirão que fui ...ARREBATADO. E o pior de tudo é que para todo governante sou apenas um IMBECIL !!! Como brasileiro, ... se me passo por PATRIOTA,
na verdade sou ....IDIOTA !!!
E pensar que um dia já fui mais EU. "
Luiz Fernando Veríssimo.
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
Baladas legais
Gosta de música, de dança e de curtir amigos em ambientes saudáveis e alegres ? Acesse :
http://raquelbaracat.spaces.live.com/default.aspx?sa=825417602
http://www.aveworld.com.br/index.php/documento/6197
http://raquelbaracat.spaces.live.com/default.aspx?sa=825417602
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Só baladas !
Gosta de música, de dança e de curtir amigos em ambientes saudáveis e alegres ?
Acesse :
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domingo, 15 de fevereiro de 2009
O Destino de Todos!
Gostei tanto que resolvi reproduzir para vocês. Para refletir e não esquecer.
Prepare-se!
“O DESTINO DE TODOS
Eu conheci um homem chamado Herbert e fiquei surpreso com os conhecimentos que ele tinha. Aproveitando a oportunidade comecei a indagar sobre alguns problemas que todos enfrentam no dia-a-dia. Ele me disse que a vida é assim mesmo, uns têm problemas demais , outros menos, mas ninguém vive sem os seus.Depois ele continuou a me explicar que na vida há tempo para tudo.
Tempo para nascer e morrer.
Tempo de plantar e de colher.
Tempo para chorar e para rir.
Tempo para ficar calado (só ouvindo) e tempo de falar.
Tempo de lutar e de viver em paz.
Descobri com Herbert que não há nada melhor para o homem do que ser feliz e praticar o bem enquanto vive.Segundo disse Herbert, é melhor ter na vida um punhado de coisas com tranqüilidade do que muito à custa de esforço desgastante prejudicando a saúde sem poder aproveitar.Esse homem também me disse que é melhor ter companhia do que estar sozinho, porque maior é a recompensa do trabalho de duas pessoas. Porque se um cair o outro pode ajudar a levantar-se. Disse–me ainda que das muitas ocupações brotam sonhos, do muito falar nasce a prosa vã do insensato.Porquanto é bom ficar atento porque há uma hora certa e também uma maneira certa de agir para cada situação. Ninguém é capaz de entender o que se faz debaixo do sol. Por mais que se esforce para descobrir o sentido das coisas ,o homem não encontrará. O sábio pode até afirmar que entende, mas , na realidade , não consegue encontra.
O que mais me impressionou no Herbert foi quando disse sobre os destinos de todos
nós : o que acontece com o homem bom, acontece com o homem mau, o que acontece com quem faz juramentos, acontece com quem teme fazê-los.
O coração dos homens, além do mais, está cheio de maldade e de loucura durante a vida: e por fim eles se juntarão aos mortos. Quem está entre os vivos tem esperança.
Para finalizar ele me disse : os velozes nem sempre vencem a corrida, os fortes nem sempre triunfam na guerra, os prudentes nem sempre são ricos, os instruídos ( os que mais estudam) nem sempre têm prestígio, pois o tempo e o acaso afetam a todos. Além do mais, ninguém sabe quando virá a sua hora.
Agora que já ouviu, aqui está a conclusão: um dia Deus julgará tudo o que foi feito inclusive tudo o que está escondido aos olhos dos homens, seja bom ou mau.
Prepare-se.
Quero dizer-lhes que não existe nenhum Herbert, foi invenção minha, desculpem-me , mas este texto foi escrito há mais de 2.300 anos antes de Cristo e é bem atual e está no livro da Bíblia em Eclesiastes, no Velho Testamento.
Se por acaso dissesse no começo do texto sobre o autor, talvez alguns poderiam não ler...”
Silvestre Gonçalez. (Jornalista e Publicitário de Sumaré)
Jornal Todo Dia. Americana –SP . Caderno Opinião – pag. 2 . 14/02/2009
Prepare-se!
“O DESTINO DE TODOS
Eu conheci um homem chamado Herbert e fiquei surpreso com os conhecimentos que ele tinha. Aproveitando a oportunidade comecei a indagar sobre alguns problemas que todos enfrentam no dia-a-dia. Ele me disse que a vida é assim mesmo, uns têm problemas demais , outros menos, mas ninguém vive sem os seus.Depois ele continuou a me explicar que na vida há tempo para tudo.
Tempo para nascer e morrer.
Tempo de plantar e de colher.
Tempo para chorar e para rir.
Tempo para ficar calado (só ouvindo) e tempo de falar.
Tempo de lutar e de viver em paz.
Descobri com Herbert que não há nada melhor para o homem do que ser feliz e praticar o bem enquanto vive.Segundo disse Herbert, é melhor ter na vida um punhado de coisas com tranqüilidade do que muito à custa de esforço desgastante prejudicando a saúde sem poder aproveitar.Esse homem também me disse que é melhor ter companhia do que estar sozinho, porque maior é a recompensa do trabalho de duas pessoas. Porque se um cair o outro pode ajudar a levantar-se. Disse–me ainda que das muitas ocupações brotam sonhos, do muito falar nasce a prosa vã do insensato.Porquanto é bom ficar atento porque há uma hora certa e também uma maneira certa de agir para cada situação. Ninguém é capaz de entender o que se faz debaixo do sol. Por mais que se esforce para descobrir o sentido das coisas ,o homem não encontrará. O sábio pode até afirmar que entende, mas , na realidade , não consegue encontra.
O que mais me impressionou no Herbert foi quando disse sobre os destinos de todos
nós : o que acontece com o homem bom, acontece com o homem mau, o que acontece com quem faz juramentos, acontece com quem teme fazê-los.
O coração dos homens, além do mais, está cheio de maldade e de loucura durante a vida: e por fim eles se juntarão aos mortos. Quem está entre os vivos tem esperança.
Para finalizar ele me disse : os velozes nem sempre vencem a corrida, os fortes nem sempre triunfam na guerra, os prudentes nem sempre são ricos, os instruídos ( os que mais estudam) nem sempre têm prestígio, pois o tempo e o acaso afetam a todos. Além do mais, ninguém sabe quando virá a sua hora.
Agora que já ouviu, aqui está a conclusão: um dia Deus julgará tudo o que foi feito inclusive tudo o que está escondido aos olhos dos homens, seja bom ou mau.
Prepare-se.
Quero dizer-lhes que não existe nenhum Herbert, foi invenção minha, desculpem-me , mas este texto foi escrito há mais de 2.300 anos antes de Cristo e é bem atual e está no livro da Bíblia em Eclesiastes, no Velho Testamento.
Se por acaso dissesse no começo do texto sobre o autor, talvez alguns poderiam não ler...”
Silvestre Gonçalez. (Jornalista e Publicitário de Sumaré)
Jornal Todo Dia. Americana –SP . Caderno Opinião – pag. 2 . 14/02/2009
sábado, 14 de fevereiro de 2009
Só para os cinéfilos!
Olá pesoal que gosta de cinema !
Parece que o assunto cinema e filmes fica esgotado com este e-mail. Veja só.
CINEMA: Imperdível !!!!!
Sabe aquele filme de que você gostou muito, mas cujo título você não lembra, nem dos nomes dos atores e das atrizes? Seus problemas acabaram!Tudo o que você quiser saber (ou lembrar) sobre filmes estrangeiros em 65 anos está catalogado e ao seu alcance. Ficha completa de filmes.Antes de pegar filmes na locadora, consulte este site feito por uma pessoa detalhista, cinéfilo há 65 anos.Um trabalho de alta qualidade!Clique no endereço abaixo e comprove: http://www.65anosdecinema.pro.br/index.htm
Parece que o assunto cinema e filmes fica esgotado com este e-mail. Veja só.
CINEMA: Imperdível !!!!!
Sabe aquele filme de que você gostou muito, mas cujo título você não lembra, nem dos nomes dos atores e das atrizes? Seus problemas acabaram!Tudo o que você quiser saber (ou lembrar) sobre filmes estrangeiros em 65 anos está catalogado e ao seu alcance. Ficha completa de filmes.Antes de pegar filmes na locadora, consulte este site feito por uma pessoa detalhista, cinéfilo há 65 anos.Um trabalho de alta qualidade!Clique no endereço abaixo e comprove: http://www.65anosdecinema.pro.br/index.htm
terça-feira, 10 de fevereiro de 2009
O único erro dos negócios !
... Enquanto isso, aqui na Terra , o mundo dos negócios atendeu a demanda estelar de maior organzação e administração dos afazeres da civilização.
A existência do dinheiro e dos negócios não é errada, como tanto apregoam quase todas as correntes espiritualistas.
O único erro do mundo dos negócios é ter deixado a alma do lado de fora, esquecendo assim sua razão de ser, que é a administração correta dos recursos para que estes sejam distribuídos, da mesma forma com que a própria Vida se distribui através do Infinito Cosmo.
Quando o negócio não tem alma, este se transforma numa negação apenas.
Este foi o único, porém crucial erro do mundo dos negócios, fato que produziu sua decadência e, também a correção que está em andamento.
Oscar Quiroga
Correio Popular
terça-feira, 10 de fevreiro de 2009
Caderno C - pag. C4
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009
Sobre gerência de Universidades Brasileiras...
A crise das universidades particulares
http://www.observat oriodaimprensa. com.br/artigos. asp?cod=523DAC00 2
Por Paulo Ghiraldelli Jr em 3/2/2009
Há pouco tempo, a PUC-SP estava aos gritos: "Crise". Começamos 2009 e outras grandes instituições particulares de ensino superior repetem o grito: "Crise!"
E as greves e manifestações se alastram...
Apareceu na imprensa: donos de escolas choram, sindicatos viram porco-espinho e professores ficam devendo em supermercado. Funcionários da limpeza padecem – continuam trabalhando mesmo sem receber.
Os alunos? Bem, ainda estão de férias.
Eis as universidades problemáticas apontadas: Unib (Universidade Ibirapuera), Universidade São Marcos e Unisa (Universidade de Santo Amaro).
As três instituições respondem por cerca de 30 mil alunos. E se pegarmos faculdades isoladas, então, o quadro paulistano complicado assusta um pouco.
É a crise? Sim! Mas não é a crise mundial. Nem é a crise de diminuição de demanda.
É claro que com o MEC na situação em que está, boa coisa não se poderia esperar, mas não é culpa só do MEC, não.
O MEC conseguiu derrubar o número de alunos que terminam o ensino médio e procuram uma universidade. Sabemos disso. Mas não podemos culpar o MEC, pois o ministro atual não inova nos erros, apenas repete os do passado (ainda que capriche para não deixar de repetir algum). Falta criatividade ao ministro para errar diferente.
Não sabendo criar, não sabem procriarA maior crise é a de gestão das próprias universidades – estas acima apontadas e outras que estão mancando. Pois há universidades que, nesse mesmo período, continuaram a crescer e investir.
Aliás, no caso da São Marcos, há investimento. Finalmente a universidade comprou um prédio próprio. O diretor-executivo Ernani de Paula chegou há pouco na universidade para salvá-la da má administração dos irmãos – ele reconhece isso – e está negociando bem com os professores. No meio disso, ousadamente, adquiriu um prédio gigantesco no Ipiranga, que era do banco Sudameris. Isso mostra bem que cada caso é um caso e que, se cabe a palavra "crise", ela deve ser aplicada com muito cuidado a cada situação.
O fato é que há muito tempo o ensino superior brasileiro vem sendo dirigido por pessoas que não são do ramo. E se são do ramo, nunca aprenderam a administrar, apenas copiaram o que já se fazia no modelo de administração das universidades estatais – todas elas visivelmente "gastadeiras" e muitas delas com uma eficiência de ensino e pesquisa duvidosa.Portanto, não há crise, e sim, crises. Todavia, há uma medida geral a ser tomada.
Aliás, ela já foi tomada. Essa medida é de 1996. É a LDB. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBN 9.394/96) criou a possibilidade de cada universidade se organizar segundo seus próprios critérios, exercendo sua criatividade.
As universidades estatais não se mexeram, é claro. Mas o esquisito foi ver que salvo raríssimos casos – e assim mesmo de maneira tímida – as universidades particulares também ficaram paradas. Não tiveram pessoas nos seus staffs para criar novas formas de organização física e humana. A maioria continuou com "departamentos e faculdades" ou "coordenações de cursos e direção". E foi proliferando o número de funcionários desnecessários.
Aliás, manteve um número grande de professores com pouca titulação e com poucas horas de trabalho. Isso gerou professores pouco compromissados com o estabelecimento e umgrande gasto na folha de "direitos trabalhistas" . Seria melhor ter menos professores, mas com mais titulação e pagos de modo adequado (com uma carreira atrativa). Agindo de modo errado, essas universidades se mostraram estar aquém de pegar o que a LDB deu para todas em termos de liberdade. Não sabendo criar, não souberam procriar.Burocratas no controle
Quase toda universidade particular brasileira é uma réplica piorada de universidade estatal. Organiza seu sistema de ensino, pesquisa e extensão de modo a copiar o que funciona mal na universidade estatal – inclusive o sistema de fofoca e politicalha. Ora, a universidade estatal, por sua vez, não passa de um sistema falido. Um elefante branco que só se vangloria porque, diante da universidade particular, pode apresentar um volume de pesquisa maior e cantar de galo. Mas, em termos comparativos com o exterior, nossa universidade estatal não serve à democracia e tem uma dificuldade imensa de fomentar o pensamento crítico e gerar o trabalhador prático e cidadão segundo as demandas do país.
A universidade particular, sendo feita de aposentados da universidade estatal, é ela própria a réplica disso, só que mais envelhecida. Talvez mais experiente, mas com pouca criatividade. Tem experiência, sim, mas é a experiência do fracasso.Quem vai romper isso? O executivo de uma dessas universidades "em crise" que tiver a coragem de criar, de ver como se faz no exterior, e perceber que pode reorganizar sua escola segundo um registro de menos dinheiro para coisas tolas e mais dinheiro no bolso do bom trabalhador, vencerá fácil.
Algumas medidas são fáceis de tomar. Basta não ser muito bobo. Eis algumas medidas necessárias.Primeiro. O dinheiro deve cair no bolso dos bons professores, e não ser distribuído por igual. E se a quebra de isonomia é impossível, então há a necessidade de critérios rigorosos para se contratar. O cabide de empregos deve ceder espaço para um criterioso e prático exame de ingresso de cada professor. E também de cada técnico e de cada funcionário. Uma universidade que paga professores incompetentes e funcionários estúpidos vai amargar olhar para o rosto deles em assembléia, fazendo greve sem, no entanto, terem realmente ensinado algo ou trabalhado de modo correto.
Além disso, os cargos intermediários de chefias devem ser reduzidos.Em geral as universidades particulares ficam inchadas, sendo que os proprietários perdem o controle do estabelecimento para burocratas, não raro aposentados de alguma universidade federal. E, o que é pior, nem sempre esses burocratas administraram bem a federal em que estavam – lá, eles também enganaram.Administrador errado no lugar errado
Em segundo lugar, cada universidade deve saber articular de modo ótimo a pesquisa feita no laboratório da escola com o estudo feito virtualmente; a universidade do futuro não deve ter alunos em seu prédio para fazer aquilo que podem fazer virtualmente. O prédio é o local dos grandes laboratórios, onde o aluno aparece para trabalhar com o material que ele não tem disponível em casa ou na cidade: clínicas, arquivos, salas de experimentos etc. Nesses laboratórios, há o professor que realmente sabe ensinar, e não o que sabe fazer o blablablá. E no ensino virtual, o mesmo deve ocorrer. Aluno que realmente aprende é aluno que indica no boca-a-boca aquela universidade para o irmão ou colega – é isso que faz uma escola, não o outdoor monstruoso.
Em terceiro lugar, deve haver o aumento do número de cursos feitos em uma mesma seqüência. A terminalidade ideal deve ser a meta. Em seis anos de estudo, um aluno deve ter chances de receber mais certificados e se inserir no mercado parcialmente, mas no mercado da sua profissão. Isso amplia as chances de ganho do aluno e diminui a inadimplência diante da escola.
Em quarto lugar, a pós-graduação deve estar articulada com a graduação através do mecanismo de orientação de estudos, iniciado bem precocemente – e agora, com rédea curta por meio virtual –, sendo que quem entra em uma universidade não deve sair dela muito cedo. Deve gostar de ficar nela. Deve se sentir com chances ali dentro para crescer, para sair da graduação e fazer especialização e mestrado ali mesmo.
Universidade que não cuida com carinho de seus doutores e não os coloca também na graduação, gerando mecanismos para que eles criem o canal de sobrevida do aluno na instituição por no mínimo seis anos, está mal administrada. Ela não faz o trabalho de seus doutores alcançarem o ponto ótimo, então não segura seus alunos.Tudo passa por saber aproveitar a liberdade da LDB e a autonomia universitária para potencializar o trabalho de um dos ramos mais lucrativos que há no mercado brasileiro: a venda do ensino. Quem consegue entrar em crise nesse ramo é caso de desistir da vida.
É claro que eu poderia escrever um livro de medidas desse tipo que já deram certo em vários lugares no exterior e em alguns poucos aqui no Brasil. Mas fico por aqui. Pois o problema dessa crise é que há muito administrador errado no lugar errado na hora errada. Os proprietários das universidades em crise deveriam perceber isso. E se são eles próprios os administradores, deveriam pensar em vender a escola, pois não estão sabendo tocar o negócio.
http://www.observat oriodaimprensa. com.br/artigos. asp?cod=523DAC00 2
Por Paulo Ghiraldelli Jr em 3/2/2009
Há pouco tempo, a PUC-SP estava aos gritos: "Crise". Começamos 2009 e outras grandes instituições particulares de ensino superior repetem o grito: "Crise!"
E as greves e manifestações se alastram...
Apareceu na imprensa: donos de escolas choram, sindicatos viram porco-espinho e professores ficam devendo em supermercado. Funcionários da limpeza padecem – continuam trabalhando mesmo sem receber.
Os alunos? Bem, ainda estão de férias.
Eis as universidades problemáticas apontadas: Unib (Universidade Ibirapuera), Universidade São Marcos e Unisa (Universidade de Santo Amaro).
As três instituições respondem por cerca de 30 mil alunos. E se pegarmos faculdades isoladas, então, o quadro paulistano complicado assusta um pouco.
É a crise? Sim! Mas não é a crise mundial. Nem é a crise de diminuição de demanda.
É claro que com o MEC na situação em que está, boa coisa não se poderia esperar, mas não é culpa só do MEC, não.
O MEC conseguiu derrubar o número de alunos que terminam o ensino médio e procuram uma universidade. Sabemos disso. Mas não podemos culpar o MEC, pois o ministro atual não inova nos erros, apenas repete os do passado (ainda que capriche para não deixar de repetir algum). Falta criatividade ao ministro para errar diferente.
Não sabendo criar, não sabem procriarA maior crise é a de gestão das próprias universidades – estas acima apontadas e outras que estão mancando. Pois há universidades que, nesse mesmo período, continuaram a crescer e investir.
Aliás, no caso da São Marcos, há investimento. Finalmente a universidade comprou um prédio próprio. O diretor-executivo Ernani de Paula chegou há pouco na universidade para salvá-la da má administração dos irmãos – ele reconhece isso – e está negociando bem com os professores. No meio disso, ousadamente, adquiriu um prédio gigantesco no Ipiranga, que era do banco Sudameris. Isso mostra bem que cada caso é um caso e que, se cabe a palavra "crise", ela deve ser aplicada com muito cuidado a cada situação.
O fato é que há muito tempo o ensino superior brasileiro vem sendo dirigido por pessoas que não são do ramo. E se são do ramo, nunca aprenderam a administrar, apenas copiaram o que já se fazia no modelo de administração das universidades estatais – todas elas visivelmente "gastadeiras" e muitas delas com uma eficiência de ensino e pesquisa duvidosa.Portanto, não há crise, e sim, crises. Todavia, há uma medida geral a ser tomada.
Aliás, ela já foi tomada. Essa medida é de 1996. É a LDB. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBN 9.394/96) criou a possibilidade de cada universidade se organizar segundo seus próprios critérios, exercendo sua criatividade.
As universidades estatais não se mexeram, é claro. Mas o esquisito foi ver que salvo raríssimos casos – e assim mesmo de maneira tímida – as universidades particulares também ficaram paradas. Não tiveram pessoas nos seus staffs para criar novas formas de organização física e humana. A maioria continuou com "departamentos e faculdades" ou "coordenações de cursos e direção". E foi proliferando o número de funcionários desnecessários.
Aliás, manteve um número grande de professores com pouca titulação e com poucas horas de trabalho. Isso gerou professores pouco compromissados com o estabelecimento e umgrande gasto na folha de "direitos trabalhistas" . Seria melhor ter menos professores, mas com mais titulação e pagos de modo adequado (com uma carreira atrativa). Agindo de modo errado, essas universidades se mostraram estar aquém de pegar o que a LDB deu para todas em termos de liberdade. Não sabendo criar, não souberam procriar.Burocratas no controle
Quase toda universidade particular brasileira é uma réplica piorada de universidade estatal. Organiza seu sistema de ensino, pesquisa e extensão de modo a copiar o que funciona mal na universidade estatal – inclusive o sistema de fofoca e politicalha. Ora, a universidade estatal, por sua vez, não passa de um sistema falido. Um elefante branco que só se vangloria porque, diante da universidade particular, pode apresentar um volume de pesquisa maior e cantar de galo. Mas, em termos comparativos com o exterior, nossa universidade estatal não serve à democracia e tem uma dificuldade imensa de fomentar o pensamento crítico e gerar o trabalhador prático e cidadão segundo as demandas do país.
A universidade particular, sendo feita de aposentados da universidade estatal, é ela própria a réplica disso, só que mais envelhecida. Talvez mais experiente, mas com pouca criatividade. Tem experiência, sim, mas é a experiência do fracasso.Quem vai romper isso? O executivo de uma dessas universidades "em crise" que tiver a coragem de criar, de ver como se faz no exterior, e perceber que pode reorganizar sua escola segundo um registro de menos dinheiro para coisas tolas e mais dinheiro no bolso do bom trabalhador, vencerá fácil.
Algumas medidas são fáceis de tomar. Basta não ser muito bobo. Eis algumas medidas necessárias.Primeiro. O dinheiro deve cair no bolso dos bons professores, e não ser distribuído por igual. E se a quebra de isonomia é impossível, então há a necessidade de critérios rigorosos para se contratar. O cabide de empregos deve ceder espaço para um criterioso e prático exame de ingresso de cada professor. E também de cada técnico e de cada funcionário. Uma universidade que paga professores incompetentes e funcionários estúpidos vai amargar olhar para o rosto deles em assembléia, fazendo greve sem, no entanto, terem realmente ensinado algo ou trabalhado de modo correto.
Além disso, os cargos intermediários de chefias devem ser reduzidos.Em geral as universidades particulares ficam inchadas, sendo que os proprietários perdem o controle do estabelecimento para burocratas, não raro aposentados de alguma universidade federal. E, o que é pior, nem sempre esses burocratas administraram bem a federal em que estavam – lá, eles também enganaram.Administrador errado no lugar errado
Em segundo lugar, cada universidade deve saber articular de modo ótimo a pesquisa feita no laboratório da escola com o estudo feito virtualmente; a universidade do futuro não deve ter alunos em seu prédio para fazer aquilo que podem fazer virtualmente. O prédio é o local dos grandes laboratórios, onde o aluno aparece para trabalhar com o material que ele não tem disponível em casa ou na cidade: clínicas, arquivos, salas de experimentos etc. Nesses laboratórios, há o professor que realmente sabe ensinar, e não o que sabe fazer o blablablá. E no ensino virtual, o mesmo deve ocorrer. Aluno que realmente aprende é aluno que indica no boca-a-boca aquela universidade para o irmão ou colega – é isso que faz uma escola, não o outdoor monstruoso.
Em terceiro lugar, deve haver o aumento do número de cursos feitos em uma mesma seqüência. A terminalidade ideal deve ser a meta. Em seis anos de estudo, um aluno deve ter chances de receber mais certificados e se inserir no mercado parcialmente, mas no mercado da sua profissão. Isso amplia as chances de ganho do aluno e diminui a inadimplência diante da escola.
Em quarto lugar, a pós-graduação deve estar articulada com a graduação através do mecanismo de orientação de estudos, iniciado bem precocemente – e agora, com rédea curta por meio virtual –, sendo que quem entra em uma universidade não deve sair dela muito cedo. Deve gostar de ficar nela. Deve se sentir com chances ali dentro para crescer, para sair da graduação e fazer especialização e mestrado ali mesmo.
Universidade que não cuida com carinho de seus doutores e não os coloca também na graduação, gerando mecanismos para que eles criem o canal de sobrevida do aluno na instituição por no mínimo seis anos, está mal administrada. Ela não faz o trabalho de seus doutores alcançarem o ponto ótimo, então não segura seus alunos.Tudo passa por saber aproveitar a liberdade da LDB e a autonomia universitária para potencializar o trabalho de um dos ramos mais lucrativos que há no mercado brasileiro: a venda do ensino. Quem consegue entrar em crise nesse ramo é caso de desistir da vida.
É claro que eu poderia escrever um livro de medidas desse tipo que já deram certo em vários lugares no exterior e em alguns poucos aqui no Brasil. Mas fico por aqui. Pois o problema dessa crise é que há muito administrador errado no lugar errado na hora errada. Os proprietários das universidades em crise deveriam perceber isso. E se são eles próprios os administradores, deveriam pensar em vender a escola, pois não estão sabendo tocar o negócio.
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