sexta-feira, 17 de maio de 2013

Angelina Jolie: a heroína cretina



De Jovem, Angelina Jolie se cortava com navalhas e chafurdava em drogas. Adulta, paga picaretas para anestesiá-la e cortá-la com bisturis. Estrela, em uma década se transmutou de anabólica Mulher Maravilha em Mater Dolorosa. Se arrasta esquálida por tapetes vermelhos e aeroportos, carregando a pobre humanidade, versão multicor de chupeta, embaixatriz da ONU, metade do casal mais famoso do mundo.

Decidiu realizar uma dupla mastectomia preventiva. Explicou os porquês em um artigo para o New York Times. Não existem porquês. Tirar as duas mamas saudáveis é loucura varrida. O texto rescende a sensatez. É macabro. Ela diz que revelou o segredo para inspirar outras mulheres. É irresponsável. O New York Times se rebaixa a pasquim, publicando o texto. Que, como tudo em Hollywood, parece produto de especialistas em relações públicas. E é. Mesmo que o press release seja mesmo de autoria de Jolie.

Angelina conta que carrega mutações no gen BRCA1, que a predispõe ao câncer de mama e ovário. Explica que médicos deram 87% de chance de ter câncer de mama, e 50% de câncer no ovário, em algum momento de sua vida. Um câncer de ovário matou sua mãe, que tinha a mesma tendência genética, aos 56 anos. Para diminuir radicalmente seu risco de ter câncer, 

Angelina tirou os dois peitos completamente e botou implantes no local.
Entre ricos e famosos cirurgia é o arroz com feijão de cada dia. A própria Angelina já fez várias, mudou de rosto etc. Nasceu com muito a seu favor, mas ninguém nasce perfeito. Tinha narizinho achatado, cara redondinha, uma perfeita polinésia. A busca da perfeição leva à loucura. Que é a única explicação razoável para a decisão da atriz. Seu médico topou fazer? 

Tem médico que topa qualquer coisa. Médicos de Hollywood transformaram Michael Jackson naquele monstro...

Angelina tem 37 anos e saúde perfeita. Tem 100% de chance de morrer de alguma coisa algum dia. Todos nós carregamos este e aquele gen que nos predispõem a isso e aquilo. Hoje muitos de nós têm acesso a exames que podem detectar essas doenças em seu início, e podemos tratá-las a tempo. Seria desejável que toda a humanidade tivesse acesso a medicina preventiva gratuita. Jolie, milionária, pode pagar os melhores exames e médicos do mundo. Qual a medida racional, em casos como o seu? A maioria dos especialistas recomenda mamografia e ressonância magnética anuais, simples assim. Se o câncer der sinal, dá pra matar no ninho. Jolie decidiu pelo que havia de mais agressivo e invasivo e explosivo.

Câncer de mama é o câncer mais comum entre mulheres. Como evitar? Não há garantias, mas os maiores especialistas em câncer repetem sempre as mesmas recomendações: dieta balanceada, alguma atividade física, pouco álcool, peso adequado à altura e idade, autoexame, mamografia anual. Segundo o Instituto Nacional do Câncer, dos EUA, 98% dos cânceres de mama não têm nenhuma relação com mutação do gen BRCA-1. O exame para detectar o problema custa, lá, três mil dólares. Entre cinco e dez por cento dos casos são hereditários, conforme o grupo étnico (é mais comum entre mulheres nórdicas do que asiáticas, por exemplo). O resto é consequência da vida que a mulher leva. Uma mulher qualquer - você - tem em média 12% de chance de ter câncer de mama em algum momento da sua vida.

Repetem que Jolie tomou sua decisão baseada nos melhores dados científicos. Em seu artigo ela diz: "reconheço que existem muitos médicos holísticos maravilhosos trabalhando em alternativas à cirurgia." Faz parecer que a terapia normal é a mastectomia dupla preventiva, quando é uma aberração, e que as alternativas é que são o resto. E não existe medicina holística. É bruxaria, charlatanismo, e se Jolie reconhece sua eficácia, não tem a menor noção do que é ciência.

Garantem que temos que respeitar e aplaudir sua coragem, leio. Não e não. O que ela fez e escreveu pode e deve ser discutido e contestado. É figura pública, a mulher mais pública do mundo, e usou sua celebridade para influenciar a opinião das mulheres mundo afora. Quantas mulheres com a mesma mutação de Jolie não se sentirão tentadas, ou pressionadas, a seguir o seu exemplo?

Angelina Jolie não tem que ser beatificada. Como toda santa, não existe. É uma construção de relações públicas, é uma atriz. Interpretava o papel da supermulher, Lara Croft, gata valente. Hoje posa como exemplo de mulher perfeita - excelente profissional, mãe dedicada, elegância personificada, desprendimento absoluto, casamento perfeito com o homem perfeito, Brad Pitt. Ah, e agora corajosa combatente do câncer.

O tratamento não era necessário, porque Angelina não estava doente. Sua decisão foi baseada em coisa nenhuma. Sua divulgação da maluquice é péssima influência sobre as mulheres do mundo, com câncer de mama ou não. A recepção da imprensa foi escandalosamente leniente e irresponsável. 
Angelina é cretina.
 Mais idiotas são os que a tomam por heroína.

De André Forastiere via R7 - 16 de maio
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domingo, 12 de maio de 2013

Céu e Terra




Céu ou Terra...

Estava pensando em como somos moldados a achar que temos sempre que escolher entre uma coisa e outra... entre o ser e o ter... entre o bem e o mal... entre o céu e a terra... e entre tantos outros pares de opostos que nos levam a ficar em uma interminável gangorra... hora vamos mais para um lado, hora para o outro... e se vamos para o lado de algo que acreditamos ser ruim, logo somos inundados por sentimentos de culpa... que acabam trazendo grande sofrimento.

Quem nunca... depois de alcançar um objetivo que queria muito, que trabalhou para que aquilo acontecesse, sentiu um medo de que algo pudesse dar errado, um frio na barriga, já imaginando que algo iria acontecer e atrapalhar aquele momento... Quem nunca se sentiu de alguma forma culpado por estar vivendo coisas boas... Sei que isso pode parecer estranho, quando olhamos assim de frente, mas é muito mais comum do que imaginamos...

Quem nunca se sentiu culpado por usufruir das coisas da Terra?

O conceito do que é bom e do que é ruim varia para cada um de nós de acordo com nossas crenças... se moramos em determinado país, se somos de determinada religião e mais não sei quantas outras variantes que formam uma infindável lista de coisas consideradas boas e aceitáveis... e outras consideradas ruins e inaceitáveis. Isso sem levar em conta outras vidas, onde tínhamos outras crenças e outros conceitos... Só que, essas crenças de outras vidas, não acabam com ela... e assim acumulamos crenças que brigam entre si o tempo todo... e atraímos para nossa realidade situações que espelham essas brigas interiores. Temos a mania do oito ou oitenta e nunca percebemos que entre eles existem uma infinidade de pontos... Não somos muito maleáveis nisso... ou é bom ou é ruim...e o ruim muitas vezes é baseado em memórias inconscientes de pecado... de culpa que são muito fortes.

Uma das coisas que mais causam culpa é a religião... e não só aquela que nos fala que já nascemos culpados, mas todas as religiões que nos fazem crer que as coisas ditas humanas são pecado, ou não são tão boas quanto as coisas ditas divinas.

A culpa é muito ruim em qualquer situação, mas em situações onde os motivos de nos sentirmos culpados veem crenças nada verdadeiras, ligadas a dogmas religiosos inexplicáveis... por coisas que não fizemos... isso aí já é duro de aguentar...

Quase sempre nos fazem crer que precisamos alcançar um estado elevado que não tem a ver com as coisas da Terra e isso acaba gerando em nós a certeza que o estado em que nos encontramos hoje não é o ideal... Sei que é da nossa natureza buscar evoluir e alcançar a Iluminação... estados mais elevados de consciência... mas... ontem, estava pensando em como a forma que as coisas nesses caminhos, muitas vezes, nos são passadas, acabam criando uma oposição equivocada entre Céu e Terra, como se o Céu fosse o ideal a ser alcançado e a Terra o obstáculo a ser superado... o que deixa uma culpa relacionada às coisas da Terra e do nosso corpo...

Quantas pessoas vivem o que é da sua natureza humana, mas que, por ser considerado pecado na religião da qual fazem parte, vivem culpadas sem poder usufruir da vida, simples e naturalmente.

E culpa gera autopunição que vem com inúmeras maneiras de autossabotagem e sofrimento..

Nunca vi ninguém se sentir culpado por rezar e se dedicar as coisas do Céu, mas já vi muita gente se sentir culpada por se dedicar ao corpo e às coisas da Terra...

Para algumas religiões, ainda tempos que abrir mão das coisas terrenas... e nem precisamos buscar muito para encontrar religiões que pregam que, para alcançar o reino dos Céus, precisamos abrir mão das coisas da Terra...

Se pensamos que estamos isentos disso porque não pertencemos a essa ou aquela religião e, mesmo que não tenhamos religião nenhuma e nem acreditemos nisso conscientemente, nossas crenças inconscientes continuam atuando, levando-nos a sentir culpa onde ela não existe... aliás, culpa não deveria mesmo existir... que coisa mais absurda essa tal de culpa...

Enquanto não nos aceitarmos por inteiro, vamos continuar brigando com nossa natureza o tempo todo... E quem ganha com essa briga, da gente com a gente mesmo, são aqueles que interessam em tirar nosso poder pessoal, para sermos mais facilmente controlados...

Sem sacrifícios baseados em crenças equivocadas é que vamos usufruir de uma vida humana preciosa aqui na Terra... É nesse corpo e nesse lindo planeta que vamos alcançar a plenitude do 

Ser, porque o que buscamos não está em nenhum Céu imaginário... o que buscamos pulsa o tempo todo dentro de cada um de nós...

É vivendo o simples que se chega ao Amor que está sempre presente... sempre no Aqui e Agora...
É através da aceitação do nosso corpo e da nossa Terra que vamos chegar ao tão sonhado Céu que, na verdade, já está disponível a cada um que se arrisca a ir além da dualidade onde você não tem que escolher entre isso ou aquilo... Você É...
Entre o Céu e a Terra... escolha a União